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Por que estudamos o desenvolvimento infantil?

11 de março de 2022

Por que estudamos o desenvolvimento infantil?

A importância e o cuidado que hoje em dia damos aos nossos pequenos foram construídas ao longo de muitos anos.


Por exemplo, na Idade Média não existia o conceito de criança como concebemos hoje. As crianças eram vistas como pequenos adultos, e tinham basicamente as funções de paparicar os adultos ou de trabalhar. Foi somente a partir do século XVII que surgiram as primeiras instituições pedagógicas, com objetivo de ensino de um modo mais estruturado e com forte ênfase na moralização da criança. 


As profundas mudanças sociais ocorridas com a revolução industrial alteraram as configurações familiares e reduziram a mortalidade infantil. Com menos membros em uma mesma família e com maiores chances de sobrevida das crianças, gerou-se um importante estreitamento dos laços afetivos. As crianças passam a ocupar gradativamente um importante papel social, a educação passou a ser valorizada pois entendeu-se a importância da instrução adquirida na infância para a vida adulta e para o modelo social em vigor. 


Atualmente há um grande foco no estudo do desenvolvimento infantil, é sabido que as mudanças ocorridas nessa fase exercem grande influência anos mais tarde. Por exemplo, muitos transtornos mentais do adulto apresentam sinais muito tempo antes.


Os fatores biológicos envolvidos nos desenvolvimentos são evidentes, como o longo e contínuo processo do bebê para aprender a andar, iniciando em firmar o pescoço, sentar-se, se deslocar ou engatinhar, ficar em pé e somente depois andar. 


Porém, tão importante será a relação entre os estímulos do ambiente e o bebê para esse percorrer um longo processo até conquistar a habilidade de andar. Por ambiente, refiro tudo aquilo que está ao redor do bebê, desde sua família, outros bebês e crianças, escola, residência, locais que frequenta, etc. 


E quando o bebê ou a criança não adquire habilidades que são esperadas para sua idade? Tal situação é bastante comum, e a minha sugestão é que os pais e cuidadores estejam atentos quando ocorrem atrasos no desenvolvimento. A rede de profissionais que se relacionam com bebês e crianças, como pediatras, enfermeiros, professores e educadores físicos devem estar preparados e atentos para reconhecer e suspeitar de atrasos no desenvolvimento. 


Caso haja suspeita de atrasos no desenvolvimento, a rede de profissionais da saúde, como psicólogos, fonoterapeutas, terapeutas ocupacionais, neurologistas ou psiquiatras infantis deve ser acionada.


Deixo aqui o link de um vídeo que retrata o trabalho do fotografo Lewis Hine’s, que retratou o trabalho infantil, comum no início do século XX. https://youtu.be/pOIvdhmMaOE


Também, deixo o link da tabela de Denver, que é uma tabela das habilidades que as crianças devem adquirir desde o nascimento até os 5 anos de idade. https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/img/manual_followup/tab_denver2.htm

Referencias: 

• Gehm, T. P. (2013). Reflexões sobre o estudo do desenvolvimento na perspectiva da Análise do Comportamento. 73.


• Bettio, C. D. B.; Laurenti, C. (2016). Contribuições de B. F. Skinner para o estudo do desenvolvimento humano. Acta Comportamentalia: Revista Latina de Análisis de Comportamient, 24, 95–108.


• Shaffer, D. R. (David R., & Kipp, K. (2010). Developmental psychology : childhood and adolescence. Wadsworth Cengage Learning.


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